Milhares de almas viveram, construíram e contemplaram Roma para que pudéssemos estar aqui, compreendendo a grandeza e a pequeneza, a verdade e a mentira, a política e o jogo de interesses, a honestidade e a corrupção, o valor e a competência, a eternização das boas instituições e a destruição do caráter pelo poder efêmero, a leveza e a guerra pela paz, a autoridade e a tirania, a realização e o pleno usufruto, a moral e a opulência decadente , os espólios de guerra e a luxúria nos vinhos e sedas douradas , a ética e o estudo filosófico, a república e as traições, o império e a falência , as colunas, aquedutos, pontes e estradas, esgotos , bem como o urbano e toda aquela urbanidade.

A elevação do escravo em cidadão, um homem livre. A civilização pelo esforço de um meritório em função do coletivo.

A poesia, a História, o exército, a hierarquia e a disciplina, além do prazer em ler ROMA, sabendo que já tivemos a oportunidade de melhorarmos e que alguns preferiam viver como reis sábios em barracões e outros como porcos ignorantes em palácios expropriados.

SOBREVIVEREMOS a tudo isto, até mesmo às inúteis vilezas de soldados odientos e rebeldes sem uniformes, sem banhos, drogados, entorpecidos e sem formatos.

O efêmero já durou milhares de anos, até eclodir a sabedoria resistida pelos ineptos e lembrada pelos que estudam, trabalham e amam os seres de ontem, de hoje e todos os descendentes deste planeta.

MAIO DE 2017