Metal em vapor 
Quente em lava 
Esfriando , esfriado 
Rachando 
Unido , ressequido 
Aquoso , rachado 
Continentes eclodidos
Bilhões e milhões de aniversários

Metal transformado em carruagens
Quente clima no ar 
Esquentando , derretendo geleiras
Rachando as margens sem cílios
Aquoso veio de água , onde era um lindo rio 
Ressequidas pastagens 
Continentes desunidos
Bilhões e bilhões de adversários do mundo

Mundo construído contra as curvas
Contra as curvas do vento 
Contra as curvas da terra
Contra a curva de nível 
Desabando em lama
Taparam os olhos d' água
Construíram no caminha d'água

Prédios sem distâncias 
Sem ar e vento entre eles
Prédios baixos 
Para especulação
Prédios muito altos , seria solução
Não seguem o alinhamento do vento 
Não seguem as alturas , não copiam as serras e montanhas

Mundo construído 
Mundo destruído com construções 
Com bilhões de adversários

Natureza faz vocal
Bula na semente 
Ario mundo que vence 
Tomando conta sozinha 
Faz falta tudo isto no nosso vocabulário
A sair das línguas , dentes e lábios
Dos bilhões de adversários

Bilhões de aniversários 
Bilhões de adversários
O que se construiu no tempo dos aniversários
Destrói-se no tempo dos adversários

Mundo construído devagar 
Mundo destruído com construções
Barragens de lama 
Feitores de lama
Matadores em série 
Crepúsculo do verde 
Do laranja ao vermelhão 
Dos bilhões de adversários

Adversários do mundo
Não escutam os arquitetos
Nem quem tenha bom senso 
Como os filósofos e poetas
Cientistas e ecologistas 
Só escutam doutores das especulações
Que financiam os donos das nações

O meio termo não se faz 
Fanatismo apoiado por um extremo
Contra outros extremos e radicais
Construtores de nossa destruição
Poucos adversários que são comprados por bilhões

Aniversários de bilhões com os dias contados
Contagem regressiva para o mundo
O mundo cheio de adversários
Bilhões de anos 
Bilhões de adversários contra mais aniversários

O mundo não pisa mais no mundo com o pé descalço
O mundo não o conhece mais , não sabe o que ele está sofrendo
O ar condicionado é o ar
O carpete, tapete e os pisos artificiais são os terrenos
O aquecedor é a lareira , um sol interno 
E a água vem em garrafinhas

Bilhões de adversários trabalhando para o seu próprio mundinho
Construindo aos poucos e, agora, bem depressa a destruição 
De um mundo que estava pronto e agora ... todo construído ...

Metal derretendo , melado , soltando vapores ...

Abraços do CORUJAJF
João Carlos de Souza Lima Figueiredo