DEMOCRACIA E DITADURA
- por CorujaJF
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Democracia é exercício de cidadania, no qual se tolera até quem não a tolera, até quem se expressa inadvertidamente sobre qualquer assunto e sobre temas gerais que coloquem em dúvida a sua total eficiência ou sua pouca eficácia, pois a liberdade de pensamento é a pura expressão democrática. Contudo, também é ambiente onde se aplicam regras e sanções contra os que promoverem o caos e a balbúrdia para destruí-la, desviarem dos propósitos, corromperem ou tentarem aniquilar os seus melhores e maiores valores, que sustentam a nação. Até Júlio César aprendeu isto quando atravessou o Rubicão e molhou com o seu sangue o mármore do Senado Romano. Quem se atreveu a repeti-lo teve seu Waterloo e um outro enfrentou aquele bunker de Berlim como moradia final.
Ditadura, por sua vez, não provém exclusivamente de quem dita com poder absoluto, outrossim vem por aqueles de seitas que detêm o controle dos botões apertados ou desapertados nos aparelhos instalados dentro dos estamentos burocráticos, balcões e salas de aulas, movidos por organizações que não toleram a democracia e a pluralidade de pensamentos, principalmente os que sustentem valores e pilares da socidade construída há milênios.
Os maiores cuidados que se deve ter não são com aqueles que, para aplicarem a democracia, são fortes, ríspidos, rígidos, determinados e que se identificam por ações audazes e protetivas em favor da nação, mas com os que falam docemente sobre democracia, mas que desejam ardentemente e desesperadamente instalar a ditadura de determinado pensamento impositivo e único, com todas as suas forças, mesmo que tenham que censurar, proibir a livre expresão com gritos hormonais e até mesmo destruir a cabeça e o emocional das crianças, como se fossem os adoráveis e amáveis professores imbuídos do bem, mas servindo ao mal, como serpentes do paraíso.
Todavia, a maior dificuldade para se defender a democracia seria como barrar os incultos em Política, Economia e História Universal, sobretudo os que protestam sempre, com opinião sobre tudo, sem terem o mínimo de leitura sobre as três áreas citadas de conhecimento e de tantas outras. Seriam as massas ruminantes de conhecimento distorcido, facilmente manobráveis, até com bondade no coração para resolver todas as situações do mundo real, porém sem qualquer aptidão para o trabalho duro em todos os setores da vida. Tais seres das massas manobráveis são perigosos porque são muitos e poderiam entregar o poder absoluto aos que instilaram o veneno das informações absolutamente distorcidas, marcadas e invertidas, por décadas; fazendo-os enxergar um mundo que não existe e não existirá. Um mundo que está totalmente fora da normalidade e realidade, distoando de toda a Historia da Humanidade. Não têm a menor noção da razão verdadeira de surgirem guerras, nem o que seria o bom combate, tampouco da necessária guerra para se obter a paz. Não leram nada sobre a PAX ROMANA, não sabem o que é imperialismo, pois não identificam nem Júlio César, tampouco o seu período na História e seu calendário criado, por nós herdado.
O vinho que bebem é o do relativismo moral que os entorpece completamente . Não conhecem lei, ordem, rotinas nem disciplina para nada, portanto não prosperam, não progridem, não produzem a paz, muito pelo contrário. Agem sem obediência ao conhecimento e muito menos à sabedoria serena. Entorpecidos, vivem sem a realidade e sem qualquer lealdade com os da sua comunidade. Esta massa ignorante, sobre quase tudo, é perigosa, pois satisfaz seus desejos, ouvindo a irrealidade, colocando o barco no banco de areia ou na tormenta.
Abraços do CORUJAJF
JOÃO CARLOS DE SOUZA LIMA FIGUEIREDO
JUIZ DE FORA, 04 DE SETEMBRO DE 2018